Ao analisar o gráfico de crescimento dos casos entre 2010 e 2020 é preciso considerar que neste período o tratamento dos nossos pacientes estavam divididos entre Juiz de fora e Muriaé. Neste gráfico só constam informações de Muriaé. Após 21, o tratamento (SUS) de todos os nossos pacientes está concentrado em Muriaé.
Próstata - Mama - Pele - Cólon - Colo de Útero - Brônquios e Pulmões representam 55,6% dos diagnósticos em nosso município. A reflexão é como estão as ações de prevenção?
Maior prevalência após os 40 anos e sexo masculino.
Vale ir atrás de estudos mais aprofundados para certificar se a baixa escolaridade pode ser uma determinante.
Um informação animadora vem no ultimo gráfico desta sequencia: 78,94% dos 1.970 pacientes acompanhados estão vivos. 20,2 % foram a óbito por câncer. Chama a atenção o Histórico familiar presente em mais de 56% dos diagnósticos. Por outro lado muito pode ser feito em ações preventivas e de esclarecimento em relação aos de tumores maior prevalência: Próstata - Mama - Pele - Cólon - Colo de Útero - Brônquios e Pulmões.
Estadiamento - A classificação dos estágios do câncer.
Nível 0 - É um tumor maligno pequeno e que está concentrado em apenas a camada superficial de células do órgão afetado. Geralmente, as chances de cura são altíssimas e o tratamento envolve a cirurgia para retirada do câncer;
Estádio I - Já no estádio I do câncer, o tumor ainda é pequeno, mas um pouco mais evoluído, adentrando-se profundamente nos tecidos do órgão. No entanto, não atingiu os linfonodos.
Estágios do câncer II e III - Nesses casos, o câncer já está mais avançado e há a possibilidade de ter afetado os linfonodos. As células malignas estão espalhadas por parte do órgão ou por todo ele. Pode ser necessário realizar uma cirurgia mais invasiva e se submeter a outros tratamentos, como quimioterapia e radioterapia.
Estádio IV - É o estágio mais avançado na classificação numérica. O câncer já sofreu metástase, ou seja, espalhou para outras partes do corpo, além daquela em que surgiu. Sem esquecer que também atingiu os linfonodos e os tecidos próximos.
FONTE - https://venceonco.com.br/entenda-os-estagios-do-cancer/
Este ultimo gráfico revela que menos de 6% dos pacientes chegam ao tratamento no câncer no estagio 0, ou seja, quando o “tumor maligno pequeno e está concentrado em apenas a camada superficial de células do órgão afetado. Geralmente, as chances de cura são altíssimas e o tratamento envolve a cirurgia para retirada do câncer;
Por outro lado próximo de 50% dos nossos pacientes chegam no serviços de tratamento hospitalar no estagio três e quatro, quando o câncer já está mais avançado e há a possibilidade de ter afetado os linfonodos. As células malignas estão espalhadas por parte do órgão ou por todo ele. Pode ser necessário realizar uma cirurgia mais invasiva e se submeter a outros tratamentos, como quimioterapia e radioterapia.
A epidemiologia está nos dizendo que o nosso maior problema não é a falta de acesso à atenção terciária (hospital), mas a chegada tardia no mesmo. Precisamos investir em ações de diagnóstico precoce (Atenção Secundária). Melhorar a cobertura da Estratégia de Saúde da Família - ESF - Temos ESF com 5 mil pessoas cadastradas quando o MS recomenda 3.000 (Atenção Primária). Exames de diagnóstico: Superar os longos períodos de espera para ter acesso aos especialistas ou aos exames de imagem, biopsias etc. é tão prioritário quanto gastar energia com a atenção terciaria.
Recomendamos assistir a um recorte da palestra da Dra. Carla Simone Moreira de Freitas, diretora Clínica do HCM.